Neste post vamos entender o papel da diferenciação de marca como elemento chave de sua valorização pelo público.
Há algum tempo, a marca deixou de ser apenas uma forma de identificar um produto ou serviço. Ou seja, não é mais somente os seus elementos gráficos ou logotipo. Mas sim, o conjunto de percepções que nós consumidores criamos a respeito de um produto, serviço ou empresa: tudo que ouvimos, lemos, conhecemos, sentimos e pensamos sobre ela.
De fato, o objetivo da marca é alimentar o envolvimento com o seu público, criar um relacionamento emocional e gerar um valor intangível (o valor adicional que pode ser atribuído ao produto ou serviço exclusivamente pela existência da marca). Como por exemplo, quanto você acha que vale pagar em uma camiseta da Hering ou da Osklen?
Com este exemplo, começamos a entender, que quando bem administrada, a marca é uma ferramenta de negócios muito poderosa. Elas não só criam relações mais estáveis com seus consumidores, como também alimentam o orgulho dos que a utilizam. É exatamente esta capacidade de diferenciação de marca um dos seus grandes poderes.
Por que investir em diferenciação de marca?
Tudo começou com o aumento da oferta. Muito mais empresas entraram no mercado e começaram a oferecer os mesmos produtos, para o mesmo público, pelo mesmo preço. No passado, as empresas conseguiam se diferenciar pelo tipo de produto que comercializavam, por sua qualidade, tecnologia ou preço. No entanto, hoje vivemos em uma época de paridade cada vez maior. Sem embalagens e comunicação seria praticamente impossível diferenciar a maioria dos produtos. A disputa não é mais entre um produto e outro, mas sim, entre o que a marca de cada produto simbolicamente representa para cada consumidor. Esta incapacidade de diferenciação é comumente chamada de comoditização, forçando a maioria das empresas a competirem apenas pelo preço.
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Ao contrário disto, quando a empresa toma posse de um atributo, ou investe no desenvolvimento de uma personalidade, cultura ou estilo de vida, fica muito mais difícil de ser copiada por seus concorrentes. São exatamente estes atributos subjetivos que possibilitam ao público se identificar com a marca e criar vínculos de autoexpressão. Ou seja, passamos a escolher as marcas não pelo seu benefício funcional, mas por aquilo que elas nos permitem ser, pelo modo como nos sentimos quando a utilizamos e como chave de acesso para nos inserimos em um determinado grupo social.
Qual o papel do Branding?
Quando se fala em Branding, trata-se de um conjunto de ações que possibilitam tangibilizar estes atributos simbólicos da marca para o consumidor, com o objetivo de gerar valor. Ou seja, buscar os benefícios subjetivos/ intangíveis e transformá-los em algo palpável. É importante que este processo parta de dentro para fora: mapeando seus valores, pontos de diferenciação, sua promessa, seu posicionamento de mercado, o porquê de sua existência… Para assim, dar um nome a ela, uma representação gráfica e criar um plano de como ela vai se comunicar e relacionar com seus consumidores em todos os pontos de contato. Branding é o que faz com que a marca tenha vida e possa significar algo relevante para o seu público.
Branding é para todos?
Começamos a entender que a marca não é apenas uma preocupação para as grandes organizações. As pequenas empresas também precisam desde o início preocuparem-se em organizar quem elas são e o que vão dizer de uma maneira clara e contínua. Qualquer organização que possui um plano de crescimento e um projeto de futuro precisa de Branding. É importante pensar na marca como um ativo, uma grande ferramenta de negócios.