O Branding é um dos aspectos mais importantes de um negócio. Seja ele pequeno ou grande e independentemente de seu mercado de atuação. Uma gestão de marca eficaz vai posicionar sua marca como referência e destacar a sua empresa dos concorrentes.
Além disso, é o Branding que faz algumas marcas terem fãs verdadeiramente engajados por mais tempo. Aumentando assim o LTV (lifetime value), ou seja, o valor que cada cliente tem para a marca no decorrer de toda sua experiência de consumo. Afinal, qual negócio nunca desejou ter a mesma força que a Apple ou a Coca-Cola, por exemplo?
Continue com a leitura e entenda o que é Branding, a sua importância e como fazer uma boa gestão de marca!
O que é Branding?
A palavra “brand” vem da expressão “marcar com fogo”, em inglês. Ela surgiu da técnica de marcar gado, usada até hoje para diferenciar seus proprietários.
No entanto, mais que um logo, o Branding é um conjunto de estratégias para diferenciar uma marca dos seus concorrentes. Sendo a marca o que comunica aos clientes o que eles devem esperar dos produtos e serviços. Bem como, apontar o que a sua empresa faz que os concorrentes não fazem.
Dessa forma, a marca é uma promessa de valor. Portanto, ela deriva de quem a empresa é, seu propósito de existir e das percepções criadas por todas as pessoas envolvidas (colaboradores, fornecedores, clientes e público em geral).
Marca: muito além do logo
É importante reforçar que a marca vai muito além do logo da sua empresa. Ela representa o conjunto de experiências e expectativas de todos os públicos de interesse. Ou seja, clientes, funcionários, fornecedores, entre outros.
No “coração” de toda a marca deve haver um juramento para com todos aqueles que ela serve. Isso significa que é preciso de uma promessa consistente para oferecer aquilo que é esperado.
Sendo assim, a marca é QUEM você é, O QUE você faz, POR QUE você faz e PARA QUEM é feito.
O logo, então, é apenas um dos elementos da marca. Ou seja, ele é a representação visual de todos esses elementos que compõem o Branding.
Brand equity: o poder da sua marca
Uma marca que conta com uma estratégia de Branding consistente e adequada ganha, em contrapartida, alto valor agregado ao negócio.
E o efeito que o conhecimento da marca causa sobre a resposta dos clientes é conhecido como brand equity.
Apesar do termo complexo, o brand equity é o que faz as pessoas pagarem mais por determinadas marcas. É ele que, por exemplo, faz que todo lançamento da Apple tenha filas enormes. Ou, então, que você prefira Coca-Cola a uma marca de refrigerante desconhecida.
Normalmente, esse valor intrínseco do brand equity aparece em forma de percepção ou apego emocional.
A Nike, por exemplo, é associada a atletas constantemente. Assim, a marca deseja que os clientes transfiram o sentimento que é tido pelos atletas para os produtos. Em outras palavras, a Nike não vende apenas os atributos dos sapatos. E sim, aspirações, sonhos, desejos e identificação. Criando assim, mais do que clientes, uma comunidade de fãs e evangelizadores fiéis a sua marca.
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Por onde começar a estratégia de Branding?
Agora que você já entendeu melhor o que é Branding, veja como desenvolver esses importantes conceitos na sua empresa:
1. Defina quem você é como empresa
Para começar, é preciso saber o por quê sua empresa existe, quais são os valores que vão guiar as suas decisões e onde se pretende chegar. Ou seja, entender qual seu propósito e o que move a empresa.
- Propósito: essa é a razão pela qual a sua empresa existe. Aqui, é preciso dizer não apenas ou produtos ou diferenciais, mas sim, como vocês colaboram com a sociedade. Dessa forma, o propósito de marca é capaz de unir os consumidores e a empresa para um objetivo maior. Leia nosso post completo sobre Propósito de Marca.
- Valores: os valores compõem a identidade da empresa, definem os seus princípios e orientam a tomada de decisões. São uns dos pontos mais importantes a serem definidos no começo de todo o processo e ajudam a formar a cultura da empresa. Entenda como criar os valores da empresa aqui.
Feito isso, tente resumir a declaração da marca em uma frase curta e de impacto.
Os valores e propósito não devem ficar apenas limitados ao mural da empresa ou à área institucional do site, mas sim, devem ser vividos no dia-a-dia e guiar a tomada de decisões.
2. Identifique as personas do negócio
O segundo passo é definir quem é o seu público. Afinal, não é possível impactar ou agradar a todos.
Para começar o processo, tenha muito claro quem são as pessoas com quem você deseja falar. Entenda todos os detalhes dessas personas, quais problemas elas precisam resolver e os benefícios que buscam. Além de sua idade, classe econômica, desejos e momento de vida.
Depois, solidifique a persona para que seja possível entender COMO ela poderia entender e se identificar com a marca.
É possível que nesse processo você chegue à conclusão de que é melhor segmentar ainda mais. Criando personas diferentes para cada produto ou segmento de sua empresa. Assim, será possível criar conexões mais profundas com os seus clientes.
3. Proposta de Valor
A proposta de valor tem como objetivo identificar as dores, benefícios e ações buscadas pelas personas do negócio. Com isso, é possível desenvolver soluções mais adequadas e que realmente façam a diferença para os clientes.
Em outras palavras, a proposta de valor determina o que o seu negócio realmente oferece aos seus clientes. Ou seja, muito mais do que vender sapatos, por exemplo, é possível entregar performance, conforto ou estilo.
Dessa forma, o mapeamento da proposta de valor possui 3 objetivos chaves dentro da estratégia de Branding:
- Esclarecer quais ações ou tarefas os clientes buscam resolver;
- Identificar quais são as principais dores/problemas que as personas estão sofrendo;
- Entender os benefícios específicos pelos quais estão buscando.
Para ser efetiva, a proposta de valor deve, primeiro, ser adequada e clara às personas, para então buscar solucionar estas 3 perguntas:
- Como resolver as ações dos clientes?
- Como sanar as dores dos clientes?
- Como entregar benefícios aos clientes?
E, claro, não deixe de lado o estudo do mercado e concorrentes para que seja possível, de fato, trabalhar com diferenciais reais, únicos e difíceis de serem copiados.
4. Pesquise e analise marcas concorrentes
Acompanhar o que os concorrentes estão fazendo também faz parte do Branding. Isso não significa, porém, que você deva imitá-los. E sim, analisar as oportunidades para adquirir mais conhecimento.
Além disso, o grande objetivo da gestão de marca é criar diferenciais. E você jamais conseguirá se destacar olhando apenas para dentro.
Aqui, vale tanto estudar os concorrentes quanto se inspirar em marcas de referência. Entenda onde e como eles conseguiram sucesso e no que falharam para usar as informações ao seu favor.
5. Defina o seu Diferencial
Sempre haverão empresas com mais poder financeiro e recursos para sair na frente no mercado. No entanto, os seus produtos, serviços e benefícios são exclusivamente seus.
É preciso entender o que a sua empresa oferece que mais ninguém oferece. Para tanto, foque nas qualidades que fazem seu negócio ser único. E, claro, não deixe de considerar as personas e o que elas consideram importante.
Muito mais do que os produtos ou serviços oferecidos, levante o que realmente traz valor aos clientes. Alguns exemplos seriam:
- Atendimento autêntico e transparente;
- Preocupação com o meio ambiente e sociedade;
- Soluções que poupam o tempo das pessoas;
- Produtos alternativos para diminuir os gastos…
Veja nosso post completo sobre Diferenciação de marca.
6. Posicionamento
O posicionamento é o que permite diferenciar a marca e orientar a tomada de decisões. E, como oferecer apenas produtos de qualidade não é mais suficiente, essa é uma tarefa primordial.
O posicionamento de marca, de forma geral, reflete a posição que o negócio vai ocupar na mente do consumidor. Assim, ele faz toda a diferença na maneira como os clientes interagem com a empresa.
Um bom posicionamento deve esclarecer o propósito de marca e reforçar os diferenciais perante os concorrentes.
Para criá-lo, é fundamental incorporar os valores da empresa, manter a voz da marca e, claro, não deixar de fora as personas e os produtos oferecidos. Leia nosso post completo sobre posicionamento de marca.
7. Dê “cara” à sua marca
Agora sim, é chegado o momento de desenvolver o logo e as cores da sua marca. A identidade visual deve facilitar o reconhecimento da marca e deixar claro a promessa e posicionamento.
Por isso, vale a pena investir em uma agência que o ajude com essa tarefa. Tenha em mente que o logo é um ativo valioso. E você não vai querer se arrepender depois que estiver transmitindo a impressão errada.
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8. Não deixe a sua “voz” de lado
Além da identidade visual, a sua marca deve ter uma personalidade. A forma como ela vai se comunicar e interagir com o cliente compõe a gestão de marca e é tão importante quanto o logo.
Como todos os pontos, a voz da marca deve ser pensada de forma a criar conexões com as personas. Assim, tenha como base criar aproximação e profundas conexões com os clientes ao fazer essa definição.
Também, determine se a comunicação deve ser mais informal, formal, educativa, entre outros.
9. O Branding deve permear todo o negócio
O Branding é uma estratégia muito valiosa e poderosa. Por isso, não deve ficar restrito apenas ao Marketing da empresa.
O DNA da marca deve refletir e inspirar todas as ações e atividades realizadas no negócio. Ou seja, deve exercer influência também na escolha de fornecedores, colaboradores, entre outros.
Imagine, por exemplo, que a sua marca tem como propósito promover a sustentabilidade. De nada vai adiantar agregar isso ao Branding se você trabalhar com fornecedores que não têm essa preocupação.
Tenha em mente que a gestão de marca é uma construção. E por isso, precisa ser consistente e envolver toda a empresa e pessoas.
Mantenha a sua marca fiel a quem ela é, documente os pontos importantes e faça que todos os colaboradores os conheçam. Dessa forma, você estará criando uma posição consistente na mente dos seu público, gerando assim fidelidade, reconhecimento e compras recorrentes.